quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poemas Para Ele ♥

Preciso de um sorriso seu para amenizar minha dor.
Preciso de um abraço seu para me sentir melhor.
Preciso de um beijo seu para atingir os céus.
E entre bilhões de pessoas, só preciso de
você.
Você é aquele que me faz feliz, é aquele que faz meu dia valer a pena, aquele que me faz querer continuar viva.
Esperar o momento certo para que você e eu consumemos o nosso amor.
Aí então me lembro,
de você e eu sem jeito...
Eu pensando na sua beleza e você, pensando em sabe lá Deus o quê...
Queria que seus braços me envolvessem á noite e que você me ligasse pra saber se estou bem.
Descobri que nos merecemos e que te amo muito...
#TEAMOPOLVOFRITO ♥

Bela & a Fera- A batalha final

 Alguns meses se passaram da primavera ao inverno, lá fora nevava e Bela já tinha em mãos todos os artefatos de que necessitava para acabar com aquela terrível situação.
 Fera acordou e foi de encontro á Bela.
 Bela vestia uma  roupa velha e fétida, lambuzou-se de lama e galhos e de sangue animal, já Fera estava normal (dentro do permitido), com seu clássico paletó azul.  Ambos se cumprimentaram e saíram pela porta principal, a estratégia estava combinada, tudo o que lhes faltava era a localização.
 Caminharam floresta a dentro até que ouviram alguns passos nas folhas secas e farfalhares de asas e uma tempestade de neve começou, a neve grudara nos pelos do monstro  e aos poucos iam afundando na neve macia, Bela usava um vestido fino e sentia muito frio. Por volta do meio-dia sentaram-se pra descansar.
  Ela se aconchegou no colo de Fera  sentados debaixo de um pinheiro, começou a cochilar, mesmo em meio á tempestade. Um assovio chama a atenção de ambos e eles ficam atentos.
 Resolvem seguir em frente, afinal, Fera desejava conhecer seu rosto humano. E Bela decide lutar por quem cuidou tanto dela nos últimos tempos (sim, perdi a noção do tempo).
 Reparam em pontos negros no céu, como se algo estivesse em chamas, ela corre com os pés nus pela neve macia, teme que algo ruim esteja acontecendo, Fera se põe no chão como um enorme lobo e eles correm como se apenas descobrir o que estava acontecendo bastasse.
 Finalmente, depois de um tempo encontram a origem do fogo. Se deparam com uma vila, uma vila com ar de morte, paredes em ruínas e os 7 pecados espalhados por cada centímetro daquele lugar, um bar estava sendo incendiado por um grupo de demônios semelhantes ao que atacara Bela no início de sua viagem.
-ESTOU AQUI!-Berra a Fera na intenção de que alguém o note, porém todos naquele lugar estavam ocupados de mais com a luxúria e bizarrice, todos podres e medonhos, parecia noite de halloween.
-CHAMEM-NA AQUI! SOU EU, DO OUTRO REINO... VIM POR ESTAR CANSADO DE RESISTIR Á TENTAÇÃO DOS PECADOS E POR DESEJAR SER AMADO POR UMA FILHA DO DEMÔNIO DE VERDADE!-continuou.
  Uma criatura cheia de tentáculos com mais de dois metros se aproxima dele e pede para que o acompanhe e ele obedientemente vai, sem questionar nada.
 Bela vai de mansinho seguindo os dois, deixando pra trás armadilhas perversas, como por exemplo um buraco cheio de lâminas afiadas e  flechas no fundo para que qualquer um se ferisse gravemente ao passar por ali.
Ela se arma de um arco e flechas em chama e atira em qualquer coisa que ela vê, sem se importar com nada, a pureza da neve é manchada com o sangue carmim dos mortos e de seus pecados, o fogo vai consumindo tudo lentamente e se alastrando pelo resto da vila, e Bela continua seu trabalho imundo em total silêncio.
Alguém a agarra por trás e ameaça cortar sua garganta, é uma criatura de textura nojenta, parecia oco e beija seus ombros, ela odeia isso e num movimento rápido corta-lhe a barriga e derruba uma gosma esverdeada com um pouco de sangue, a criatura começa a secar, e de repente evapora num clarão azul no chão.
 Bela, sozinha sai aniquilando qualquer coisa com movimento, aquelas vampiras nuas e vulgares com dentes afiados que flutuavam sensualmente próximo á ela foram dizimadas por uma espada banhada em água benta, cabeças decepadas rolavam pelo chão e a matança ainda não havia terminado. As "pessoas" da vila estavam quase totalmente dizimadas, mas o caminho até o palácio era longo.
 Bela caminha como um gato, veloz e suave, ao encontro de seu amigo que esta sentado em frente ao palácio comendo algo com muitos tentáculos, Fera estava coberto de sangue e havia uma chama em seu olhar que fez Bela sentir-se possuída por uma onda de paixão.
 Fera atira Bela pela janela com força tremenda e logo em seguida toca o batente da porta sete vezes repetidamente.
Uma mulher alta, ruiva e magra abre a porta, suas roupas são apenas jóias como na dança do ventre antigamente.
-Finalmente.
-Quem é você?
-Ora Jack, ou melhor, Fera, eu sou a mulher que desgraçou a vida de seu reino.-diz ela calma e com uma malícia na voz.-Veio se render a nós?
-Claro, por que não?- diz ele com certa tristeza e fúria no olhar.-Mas quero que saiba que brevemente sua alma estará de volta ao inferno e você será morta mais uma vez.
 A mulher solta uma gargalhada maldosa e avisa que ai buscar a filha.
Fera ouve um grito desesperado e sobe correndo. Para sua surpresa, Bela está com um coração nas mãos e uma linda garota terrivelmente parecida com ela, porém com os cabelos dourados está morta, caída e ensanguentada no chão, toda aquela correria fez com que a "camuflagem" de Bela sumisse, ela estava novamente alva como a lua, mas coberta de sangue seco.
 Fera sorri e mostra os dentes enormes, a mulher não o teme mais, mas mesmo assim ele a pega pelo pescoço e a devora, como um lobo faz com sua caça.
  Finalmente está tudo terminado. Os demônios voltaram para o inferno.
 Bela e a Fera voltam abraçados para o palácio e aos poucos ele vai retomando sua forma humana,suas garras desaparecem e surgem dedos compridos, ao chegarem em casa, Fera, ou melhor Jack, está totalmente humano, suas feições são delicadas, ele parece um anjo esculpido pelas mãos de Deus.
 -Bela?
-Jack?
-Quer se casar comigo?
-Sim!-responde Bela com empolgação.
 E como em todo bom final de histórias infantis: E eles viveram felizes para sempre.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Bela & a Fera- Arquitetando o plano perfeito

  Bela esperou alguns dias, até a noite de lua cheia onde seus instintos falavam mais alto. Ela sentia uma força, ouvia um grito ensurdecedor em sua mente, mas ainda não sabia o que fazer. Ela só queria parar com aquele maldito sofrimento que atormentava seus amigos.
  O jantar estava poto á mesa. Ela e Fera deliciaram-se com a incrível refeição. Um som de violino começa e ele a tira para dançar.
  Bela está com um lindo  vestido vermelho, tecido nobre na época, os longos cabelos ondulados sobre os ombros e um sorriso maligno no rosto. Fera também com suas melhores roupas. Ambos flutuando com o som do violino, com os corpos entrelaçados, vivendo a inocência do primeiro amor. Ela já não o temia tanto e ele só queria estar com ela.
-Você está linda esta noite, mas está... Diferente...
-Ora Fera... A lua tem influência sobre as mulheres.
 Eles riem e permanecem dançando até o Sol começar a surgir no horizonte. Ela se senta um pouco cansada. Cansada de tanto dançar. Ele aparece com uma linda rosa vermelha numa espécie de cúpula de cristal, ajoelha-se e implora o perdão da moça.
-Claro.
 Diz ela com um sorriso lindo como a lua estampado no rosto. Eles se deitam para dormir e Bela ainda não sabe o que fazer, só sabe que tem de ser rápida, e ele não pode saber de seus planos, pode se ferir ou tentar impedir acreditando que ela é fraca. Mas ela não é. Afinal, que outra garota teria coragem de enfrentar um demônio por menor que seja?
  Finalmente Bela pega no sono, e vê num sonho flashes, flashes que mostram o que exatamente ela deve fazer e nota que precisa da ajuda de Fera. Ambos devem se apoiar para continuarem vivos e para vencerem e salvarem á todos.
 Na tarde deste mesmo dia ela decide se abrir com ele, respira fundo e pensa naquele beijo.
"Mattew, o que posso fazer meu bom amigo?" pensa ela.
-Bela!-exclama a Fera embalando-a num giro doce e infantil. Mas para a tristeza e decepção dele ela não sorri, mas também não tem medo nem repulsa.
-Fera... Eu tenho um plano;
-Pra que querida?
-Acabar com  aqueles que um dia fizeram mal a você.
- Querida, é impossível...
-Apenas me escute meu amigo... Me escute... Essa noite eu tive um sonho. Um sonho no qual estávamos "fantasiados" como eles, você fingiu que se entregaria e eu fui por outro caminho para que não te ferissem ao notar minha presença. Estávamos armados até os dentes com artefatos religiosos que creio eu servem para enviar os demônios para seu lugar de origem. Eu explico melhor mais para frente. E no final do sonho eu arrancava do peito o coração da sua princesa... E eu e você ficávamos bem... E todos voltavam a ser humanos. É infalível!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Bela & a Fera - Desperto do sono

 Bela cuida da Fera, estando sempre ao lado dele, sendo insuportavelmente delicada em tudo o que fazia e em tudo o que dizia para que o amigo se sentisse seguro e para que melhorasse logo.
 Dois  dias se passaram e Fera estava se recuperando bem, Bela estava extremamente feliz pelo progresso de seu amigo.
 Era meio-dia e ela desceu as escadas para chegar ao jardim. Tudo o que ela via era um paraíso, meio medonho, mas ainda assim um paraíso um belo lugar amaldiçoado pela bondade do povo que o habitava. Um lindo jardim florido como os campos da vila onde ela cresceu. Era engraçado pensar em como o destino  é poderoso... Ela  cresceu só. Cresceu no campo, fazendo coisas bobas com seu pai que nunca nada tivera cuja a única mulher que tivera fora a mãe de Bela que morreu no parto. Bela sentava e observava tudo, desde as folhas das árvores ás roupas flutuando nos varais. Mas em alguns instant es a paz no coração dela sumiu, ela agora tentava entender o que estava acontecendo com seu amigo. Por quê alguém o atacaria? Apenas por sua aparência nojenta? Não fazia o menor sentido. E ela se sentia tão impotente, tão sozinha por não saber o que fazer para ajudar seu companheiro. Tudo o que restava a ela era chorar.
-Bela, o mestre acordou e deseja vê-la.-disse a vassoura ao chegar de supetão atrapalhando seus pensamentos.
-Claro,  diga á ele que estou subindo.
 Bela suspira e dá uma longa olhada para além das flores, além das florestas, ela sentia que algo estava prestes a acontecer. Algo ruim.
-Que bom que você está melhor meu amigo.-disse ela pensativa mas com um sorriso no rosto.
-Você está mais bonita do que me lembro.- comenta o monstro recuperando os movimentos e acariciando de leve o rosto pequenino e delicado da moça com aquelas mãos felpudas.
 Ela ri.
-O que aconteceu enquanto estive fora meu amigo?
-Eu não posso lhe dizer, vai achar que é uma tolice e irá se zangar comigo.
-É melhor que me zangue pela verdade do que pela mentira.
-Assim que você partiu, me bateu uma profunda tristeza, eu sabia que era o certo a se fazer, mas eu quero você só pra mim, porque você é a melhor coisa que me aconteceu na vida, lamento muito como nos conhecemos, naquelas circunstâncias ruins... Mas depois, cuidei de você e quando você partiu, senti como se meu coração e minha vontade de viver tivessem partido junto... Eu simplesmente acho que amo você. Tive medo de que não voltaste mais para mime eu não sei mais viver sem você. Então simplesmente parei de comer e de beber para que eu ficasse suficientemente doente para que você voltasse. Mas algo deu errado nesse meu plano... Numa noite em que eu já estava bastante debilitado me deitei nos lençóis em que você dormia e abri lentamente a janela do seu quarto na tentativa de apanhar um leve traço do perfume teu no ar. Eu chorava agarrado ás suas lembranças, mesmo que ruins, de quando não nos falávamos mais. Deitado na cama a lua entrava no quarto e infelizmente trouxe com ela uma pequena criatura das trevas que profanou seu quarto tentando me matar, seu confortável dormitório não merecia ser manchado com meu sangue. Ele era maior que eu, digo ele por não saber o que era. Maior e fétido, cheirava como um rio de corpos em profunda decomposição, os olhos vermelhos como feridas de criança, cabelos grisalhos e garras de metal, não sei se aquela coisa é ao menos humana,  sei que pulou sobre mim e me deu inúmeros socos e traçou diversos profundos cortes pelo meu corpo como pôde notar. Com o pouco de força que me restava lutei contra pavorosa criatura, foi uma mini-guerra de monstros horríveis, onde minha força era gritar seu nome e pensar no seu  sorriso. No fim graças á você venci. Venci a pobre criatura imaginando seu sorriso e tentando imaginar minha dor sem ter você comigo.
 Bela sorri e abraça o amigo, ela não sabe o que dizer, apenas fica grata por tê-lo vivo.
-Meu único medo é que ataquem  você...
 Bela mantém o sorriso e  muitas coisas passam pela cabeça dela como por exemplo a vontade de chorar, ela sente um desejo estranho e um cheiro de sangue, ela queria acabar com a tortura que ele sofreu, acabar com tudo o que aquele povo passou, mas ela faria isso sozinha. Decidiu não contar a ele. Apenas tentava arquitetar o plano perfeito. O plano perfeito para acabar com quem faz mal á quem ela aprendeu a amar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Bela & a Fera - Fique bom Logo

 Bela entra no quarto com o coração partido, ainda mais depois de ver o estado em que seu amigo estava. Rosto queimado de fogo, olhos inexpressivos, ardendo em febre, lençol ensanguentado. Ela não fazia ideia de quê fazer.
 -Como você ficou assim?
 Com a voz fraca a Fera apenas suspira o nome da garota.
-Fera! Fera!-grita Bela entrando em profundo desespero se afogando em suas próprias lágrimas.- FEERAA!!!
POR FAVOR FIQUE COMIGO!
 Uma lágrima rolou daqueles olhos e a Fera desmaiou. Bela caiu em tremenda depressão no mesmo instante, ela se apegara ao monstro mesmo tendo ele uma aparência  medonha e nojenta.
-Fique bom logo-disse ela baixinho.-Fique bom logo.
 A jovem acompanha o pai até a porta de entrada do castelo e ouve um urro de dor, sobe correndo, tropeça e rala os cotovelos nas espessas paredes de concreto.
-Pensei que  você iria me esquece...Esquecer...-murmurava o monstro.
- O que aconteceu meu bom amigo? O que aconteceu?
 Um bule robusto e negro apareceu saltitando no quarto.
-Prazer Bela. O mestre esta assim porque parou de comer, beber acreditando que a senhorita jamais voltaria para o convívio dele e nesse mesmo tempo um demônio atacou o jovem mestre, por favor cuide dele...
-Prazer... Fique com ele, vou fazer uma deliciosa sopa para ele.
 Em menos de meia hora Bela aparece com uma tigela cheia de sopa fumegante, senta na beira da cama.
-Coma Fera, coma por mim...
 Ele com esforço abre os lábios engole forçadamente a sopa que era esfriada com o sopro da própria moça.
-Desculpe-me
-Claro, agora coma, isso, devagar, você vai ficar bom.
 Bela deixa a criatura descansando e chama o bule para descobrir há quanto tempo a Fera está assim.
-Quando ele começou com isso?
-Dois dias depois de sua partida...
-Eu nem havia chego em casa ainda... E o tal demônio? É proveniente daquela guerra que tirou a vida da maioria aqui?
-Creio que sim. A coisa que deve beijá-lo deve ter notado a sua presença aqui moça...
 Bela fica calada por alguns instantes e pensa, pensa em como parar com o sofrimento dessa gente.
-Obrigada.
-Por nada senhora.
 Bela vai ao jardim e lembra-se de Mattew, mas essa lembrança é apagada pela lembrança do dia em que chegou naquele castelo, em como gostou, mesmo que involuntariamente da companhia do monstro. As palavras do pequeno e robusto bule ecoam na cabeça da garota.
"Deve haver uma forma de atacá-los sem ferir ninguém aqui ou nas proximidades daqui... Poderíamos nos infiltrar e arrancar os corações deles. Ou algo pior... Falarei com ele quando ele estiver melhor."

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Bela & a Fera- Sorriso, Felicidade e uma dose de dor

  Bela acordou na manhã seguinte com os primeiros raios de sol que pousaram mansamente em seu rosto, apanhou uma maçã do chão e comeu, ela precisava chegar em casa. Corria veloz como o vento, um sentimento selvagem no peito, uma gargalhada louca. Ela queria estar em casa, com aquela vidinha simples que levava, apenas lavar, cozinhar, e ajudar o pai, talvez casar com o filho de um fazendeiro e ser feliz.
 Uma pedra gigante no caminho e ela para pra tomar um pouco d'água. Mais algumas horas correndo até avistar a pequena casinha no pequeno vilarejo.
 Ela bate na porta, o pai aparece na janela e sorri ao vê-la.
-Pensei que nunca mais fosse ver você!-exclama o homem ao abraçar a filha.-Entre!
 Bela sorri e entra em casa deixa as malas no antigo quarto e desce para  saber o que o pai fez durante esses 4 meses. Eles conversam e riem acompanhados de doses de vinho.
 No dia seguinte o pai chama alguns vizinhos e faz uma festa para a recém-chegada, a mesa está farta e todos se divertem pra valer.
-Bela!
-Mattew?
-Sim! Você está linda!
-Obrigada...-Responde ao jovem rapaz de olhos verdes e cabelos dourados que fora seu melhor amigo na infância.
 Ela se sente desconfortável e sai para o quintal, as flores nesta época começam a florescer, margaridas e violetas espalhadas pelo campo e ela deita suavemente sobre as flores macias. Mattew chega devagar e deita ao lado dela.
-Olhe Bela, as estrelas estão como quando brincávamos... Estão mais brilhantes e azuis... Mas não somos mais crianças, certo?
-É... Não somos mais crianças, mas ainda podemos nos divertir como na infância...
-Você me daria a honra de ....
-De?
-Brincar de pega-pega esta noite?
Ela ri, estende a mão e toca no ombro de Mattew.
-Está com você!- e sai correndo pelos campos floridos do vilarejo, apenas com a luz suave e fria da lua.
 Mattew corre,  corre o mais rápido que consegue, por horas ele tenta alcançar a moça, e não consegue... Ela  não o vê e passa despercebida e lentamente por ele, ele a pega pelo braço. Olha no fundo dos olhos dela e diz:
-Sua vez...
Ela nada responde, os corpos se aproximam, os corações aceleram e eles entreabrem os lábios num misto de cansaço e de desejo. Eles se beijam á luz do luar, um beijo doce e macio.
Ele a olha nos olhos, ela sorri e novamente se beijam como se não houvesse amanhã, mas de repente ela vê os olhos da Fera  nas estrelas e chora.
Mattew não entende, mas de qualquer forma ele não saberia o motivo, todos voltavam para suas casas.
 Já era o terceiro dia de Bela em casa e a Fera não tentou contato com ela. Bela estava sentindo falta da companhia dele e da linda voz dele, até dos momentos em que ele era bruto com ela e com os outros. Ela também sentiu arrependimento por ter beijado Mattew, foi seu primeiro beijo, foi maravilhoso, mas ela não sabia se ele era a pessoa certa. Mesmo estando confusa como sempre, continuou normalmente com suas tarefas e continuou feliz por ter a companhia do pai.
 Duas semanas se passaram, a lua no céu estava azul e Bela estava sentada em frente ao espelho, penteando os longos cabelos escuros, com um ar de tristeza sem real motivo. o medalhão estava depositado sobre a penteadeira e magicamente se abriu. O rosto da Fera surgiu numa das faces douradas do medalhão, ele parecia sentir dor e clamava a volta da moça.
 -Be..La... Volte por favor, estou doente, acho que ... eu não sei o que há de errado comigo- disse ele, uma lágrima rolou daqueles olhos lindos e expressivos- Por favor, preciso de você...
 O coração da garota disparou e ela começou a chorar.
-Eu vou Fera, espere um instante, já estou indo...
Ela se vestiu rapidamente e pediu ao pai que arrumasse um cavalo para que ela chegasse mais rápido.
O pai mesmo muito triste por saber que não veria Bela por um longo tempo pegou um belo cavalo de um de seus vizinhos e eles partiram imediatamente.
 Na floresta silenciosa o único som que se ouvia era o som dos passos rápidos do cavalo e para aqueles com certa pureza era possível ouvir o som das batidas desesperadas do coração de Bela, as lágrimas geladas escorriam pelo rosto dela, a visão de seu bom amigo sofrendo, as deformidades no rosto estando piores, ela só queria estar com ele... Cuidando dele, até que ele se sentisse melhor, até que estivesse bem...Ela só sabia que queria vê-lo bem, mas não sabia por que, ela tinha medo dele, ele quase matara seu pai , por que tanta preocupação?
 A manhã começa a surgir, o sol coberto por uma espessa neblina , o som dos pássaros quase inaudível devido á espantosa velocidade que alcançaram, em pouquíssimo tempo estavam no castelo. A porta se abriu e ela correu até o quarto da Fera.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bela & a Fera- Silêncio e perdão

 Os dias que se passaram foram iguais. Ele sem falar com ela diante de algo tão bobo. Ambos dividindo um teto e sem nem dizer bom dia um ao outro.
 Até que na tarde do 4° mês , a Fera decide quebrar o silêncio. Bela está no jardim, e é uma tarde de inverno horrorosa, os cabelos estão ao vento e pedacinhos de madeira chicoteiam em seu rosto fazendo sangrar suas feições delicadas. Ele chegou de mansinho perto dela, como um verdadeiro caçador, coberto de sangue e com lágrimas brilhantes nos olhos que poderiam muito bem congelar a qualquer instante.
 Quatro meses de interação impessoal, um cuidando do outro, tendo carinho um pelo outro, porém sem troca de palavras. Ele acabou sentindo algo forte por ela e queria vê-la sorrir, ao menos um vez na vida.
-Bela, se você quiser ir, vá.
-O quê?
-Ver seu pai. Estou basicamente te sequestrando, há 4 meses você sem ver seu pai, cozinhando, apenas com um quartinho pra dormir.
-Eu não preciso de sua pena.
-Eu não estou com pena, só quero fazer o que eu acho certo...
 A Fera olha profundamente os olhos de Bela, e percebe que é mais bonita de que se lembrava, bonita como um botão de rosa florescendo ou o pôr-do-sol, pensando melhor, ele notou que a beleza dela era indescritível.
-Tenho que voltar?
-Apenas se quiser. E por favor, aceite esse medalhão, para que eu possa te encontrar.
-Ok.
 Ela sentiu um forte impulso e abraçou aquele corpo bizarro e gigante sorrindo, feliz por saber que reencontraria o pai.
 Juntou algumas roupas e colocou numa mala. Seu coração palpitava com tamanha ansiedade. Ela disparou de encontro a mata correndo, sem nem olhar pra trás por algum motivo ela ainda temia a Fera.
 A chuva começou a cair na floresta enquanto a noite surgia, os longos cabelos de Bela foram aos poucos se encharcando, um pingo escorreu do topo da cabeça até os pés e a cabeça dela estava confusa com diversos pensamentos. A chuva se misturou com o suor criando uma nova essência, um frescor, um raio de felicidade, ela jamais imaginara que sentiria tanta falta do pai.
 A noite caiu por completo, ela decidiu parar numa clareira pra descansar, uma coruja encharcada e suja passou por ela voando velozmente e o único desejo dela era estar em casa.

Bela & a Fera- Intriga

-Mas isso não responde por que atacou meu pai.-insiste a moça;
  A Fera sai do quarto, Bela corre descalça na direção dele.
-Não é melhor que eu saiba a verdade?
 A criatura permanece calada.
-Por favor fale comigo...
 A menina é ignorada e decide procurar algo mais para comer. Toda aquela conversa a deixara cansada. Agora pelo menos, tentava entender a Fera, mesmo estando magoada pelo que ele fizera com seu pai. Ela queria ganhar o coração do monstro.
 Os utensílios avisam a moça que a refeição, "o chá da tarde está pronto" eles disseram, a jovem desce correndo até a sala de jantar e se serve de um punhado de bolinhos e de uma xícara de chá, falante, como era de se esperar.
 Alguns instantes depois chega a Fera. Faminta . Ele se enta frente a frente com a moça.
-Por que?- ela pergunta
-Você é tão inconveniente sabia mocinha?
-Por querer saber o motivo do ataque ao meu pai?

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Bela & a Fera- A verdade

  A Fera sai do jardim ás pressas após ouvir o estrondo de Bela caindo no chão.
-Vocês por um acaso falaram com ela???-esbraveja o monstro, sua feição estava como quando atacara o pai de Bela.
-Sim senhor, mil perdões-diz o esfregão.- Eu só queria saber...
-CALE-SE! DEPOIS NÓS FALAMOS SOBRE ISSO. Agora preciso cuidar dela, me certificar de que ela ficará bem.
  Ele a pega como se fosse uma boneca de porcelana nos braços, gozado um monstro, que quase matou o pai da garota ser tão doce e delicado para com ela.
-Desculpe... Prometo lhe contar tudo assim que você acordar...-dizia ele para a moça desfalecida em seus braços.
 Algumas horas depois ela volta a si, cheia de pensamentos confusos... E quando vê o monstro sentado na beira de sua cama, fica contente por um instante.
-Olá... Me desculpe.
-Eu não posso te perdoar depois do que fez ao meu pai.
-Por favor, eu posso explicar tudo.
-Por que o esfregão falou?
-Bem... Há muitos anos atrás, este lugar, este bosque, tudo aqui era um reino.Próspero, Rico, onde todos eram felizes. Isso bem antes do meu nascimento.Todos os objetos falantes trabalhavam aqui.
Quando eu nasci, um grupo de viajantes apareceu, meus pais lhes ofereceram abrigo.
Mas algumas semanas depois descobriram que o tal grupo era ruim, um grupo de demônios que por um acaso me transformaram nisto.
-E...?
-Bela, por favor, é estranho, seu primeiro dia comigo, mas é melhor que saiba a verdade não é?
-Tanto faz.
-Bem... Meu pai ficou muito bravo e enviou tropas de soldados para lutar contra os demônios. Não me lembro ao certo, mas me disseram que foi terrível. Os demônios estavam em maior número, vieram pelo sul, tacaram fogo nas casas do vilarejo, espancaram crianças e tudo o que viam pela frente, passavam de cavalos com espadas degolando todos que passavam pela frente, fizeram um ritual que fez minha mãe apodrecer aos poucos, a pior coisa de todas, e a única coisa que me lembro.... É de ser um neném coberto de pelos, deformado e de estar mamando em seios com cheiro e gosto de carne podre. O fato é que o reino acabou. E esses objetos e eu estamos aqui por um único motivo. Quando chegar a hora um dos demônios vai vir até aqui, e se casará comigo. E se casando comigo, como meu lado humano é puro, vão conseguir o que querem. O problema é que eu não sei o que eles querem.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bela & a Fera- Belos lençóis, lágrimas e medo

-E você, diz a Fera olhando com desprezo para o pobre homem, Traga as malas dela.
  Por trás daquela enorme porta havia uma imensa coleção de belíssimos objetos, de quadros á jogos de chá, relógios dourados e lindas cortinas de cetim.
  Sobem por uma escada espiral.
  Bela fica admirada com tudo ao seu redor. No fim da escada, Bela abre a porta indicada pela Fera e se depara com imenso luxo.
-É aqui seu quarto. Está a seu gosto?
  O quarto era todo decorado com rosas e lençóis de seda. A garota fica maravilhada com a imensidão do quarto e ajuda os pais com as malas.
-Dê adeus ao seu pai. -diz a Fera com arrogância.
-Não. Responde a garota.
-Filha, por favor...-Diz o pai apavorado e desesperado. Ele abraça a garota e  lhe entrega um medalhão que fora da mãe de Bela.
  E estas foram as últimas palavras que eles trocaram até então.
-O que você quer de mim? -pergunta para Fera...
-Bela... Sua companhia... O que mais seria?
  A Fera sai, deixando Bela á sós consigo mesma... E a garota permanece assim por algumas horas... Refletindo... E com muito medo... Afinal, as aparências nem sempre enganam, podia a fera ser um monstro devorador de garotas do campo... Ou um sádico que ama ver o sofrimento das pessoas... Ou ainda um maníaco sexual.
 Quando deixa de ouvir a voz da Fera, abre a porta e desce as escadas, a procura do que fazer. Nota que o palácio está imundo e começa a procurar objetos para limpeza.
  Encontra um esfregão, um balde, uma vassoura, entre outros objetos que saem magicamente pulando, saltitando limpando tudo ao redor. Bela se assusta e dá um grito que ecoou por todo o lugar.
-Olá, você por um acaso é a convidada do patrão??
  Bela fica pasma de susto e desmaia.

Bela & a Fera- Quando Bela conhece a Fera

-Bela, suba na carruagem, este lugar não é mais seguro.
 E neste instante, Bela percebe que seu pai não perdera totalmente a consciência do que estava acontecendo, ele vira tudo, mas a vampira era forte e ele não pode lutar contra o desejo de possuí-la.
 Mais um dia eles passaram cavalgando, até que finalmente no último dia de prazo, avistaram um palácio imenso.
As paredes eram grossas e de pedra, havia inúmeras janelas, um jardim com grande diversidade de plantas e um lago romântico se não fossem pelas estátuas de pedra em forma de gárgulas.
 O pai bate na gigante porta.
 A porta se abre e uma grande criatura de cabelos desgrenhados, rosto um tanto deformado surge... Mas algo nele atraiu a atenção de Bela... Ele tinha um brilho humano no olhar... E os lábios... Ah, os lábios, os mais bonitos que ela já vira.
 A Fera olha para o pai de Bela com desprezo. Apanha a mão da moça e dá um beijo.
-Prazer em conhecê-la.-Disse ela mostrando a voz sensualmente doce anasalada e rouca... Três elementos essenciais para a voz de um homem segundo ela. E totalmente diferente do rouco gutural que assombrou o pai de Bela há alguns dias atrás.
-Eu acho que não posso dizer o mesmo depois do que o senhor fez ao meu pai... Lamento.
-Você é mais Bela do que seu pai me disse...Seus olhos são feitos do mais puro mel e seus cabelos, da mais pura escuridão... Por favor, deixe-me mostrar seu quarto...

Bela & a Fera- A face da morte

 O pai para próximo a um riacho e cuida dos ferimentos da filha. Tinham apenas dois dias para chegarem ao castelo da Fera.
 Bela conta ao pai exatamente o que e como aconteceu e ele lhe entrega um pequeno punhal para eventuais problemas.
 Os dois continuaram na estrada sem maiores interrupções, a ferida começa a querer cicatrizar, exceto por alguns cortes mais fundos. Os cavalos trotavam sobre as folhas secas. O tempo estava estranho e uma leve garoa caia, limpado os rostos suados e cansados de pai e filha.
 Lentamente a noite caia, sem o brilho das estrelas, sem o brilho da lua, o céu escuro, sem nuvens apenas aquela garoa irritante.
 Ao parar mais adiante, o pai tira um fino acolchoado de cima de uma maleta e o dispõe no chão, para que Bela pudesse descansar por um instante, o corpo frágil a garota amolece aos poucos, finalmente Bela consegue dormir.
 O vento sopra os cabelos grisalhos de seu pai e a chuva começa a aumentar, relâmpagos azuis apontam no céu de tempos em tempos. O homem está sentado no chão admirando a beleza da chuva. Um novo relâmpago, uma silhueta feminina aparece de relance, seguida por um forte estrondo.
 Neste instante ele é capaz de sentir duas mãos delicadas tocarem seus ombros.
" O que faz uma mulher sozinha vagando pela floresta há uma hora destas?"
 A figura é pálida e esbelta, aparece novamente em outro clarão, os cabelos longos e dourados sobre os seios desnudos, sua pele suave e o rosto angelical mexeram com o coração do homem, mas por alguma razão ele temia satisfazer sua carne com aquela mulher.
 A mulher usava apenas um saiote roxo e ao avançar abria lentamente os lábios revelando a cada relâmpago, um pouco do comprimento das presas muito alvas.
 Parecia mais um anjo recém-nascido, ou talvez uma vampira, recém-transformada.
 O homem se deixa seduzir pela linda mulher, ele chega os lábios mais próximo aos lábios dela, a mulher o beija apaixonada e sensualmente.
 Inclina o pescoço do homem de modo que pudesse cravar seus dentes em seu pescoço, mas não contava que um simples esquilo acordaria Bela, que vê o problema de seu pai.
 De punhal em mãos, Bela se aproxima silenciosamente da mulher, puxa o longo cabelo dela e quando o pescoço jovem da monstra está á mostra, sem pensar duas vezes, Bela degola a mulher, fazendo que sua cabeça saia rolando pelo chão deixando um rastro de sangue, os seios da falecida estavam aparecendo, Bela levanta um de seus saiotes e cobre o resto do corpo.
 O pai acorda do transe e encontra a filha com sangue nas mãos.
 O pensamento de Bela caiu sobre a fera novamente. Por alguma razão ela matou a vampira, não por seu pai, mas sim por sentir que a fera sofreu em sua vida, e ao matá-la sentiu-se tomada de prazer e não sentiu mais medo... Por um instante chegou a querer estar nos braços da fera, imaginou se um dia ele fora humano... E se ela conseguiria mudá-lo....

Bela & a Fera - Pequeno acidente

Na manhã seguinte, o sol aponta dourado no horizonte. Bela se levanta e vai cuidar de seus afazeres domésticos.
 O pai levanta mais tarde, com os ferimentos lentamente se curando.
-O que houve pai?
-Nada Bela... Nada...
-Nada não. Houve alguma coisa.-insiste a garota.
-Bem, vá arrumar suas malas, te contarei no caminho.
 A garota abre a boca para novas perguntas porém o pai a bloqueia tragando um cigarro. Bela sobe as escadas e arruma suas malas rapidamente, vendo os cabelos ralos de seu pai pela janela.
 -Suba na carruagem...
 Bela obedientemente sobe.
-Para onde vamos?
 O pai de Bela conta-lhe toda a história, sobre a rosa e sobre o monstro, Bela entra em pânico, afinal, onde estaria seu pai com a cabeça ao planejar deixá-la á deriva com um horrendo monstro?
-EU NÃO VOU!
-Você prefere morrer?
-N-não!
-Então obedeça!
 Bela ficou em silêncio. E nesse instante o céu começa a mudar, atingindo um roxo crepuscular.
Um barulho estranho chama sua atenção, e algo viscoso cai em suas roupas, algo como baba, porém vermelho feito sangue, ela decide ignorar, afinal já estava bastante transtornada.
 Ela se mantém em silêncio, absorta em seus próprios pensamentos.
"Ele não deve ser tão ruim, pessoas ruins não cultivariam rosas... Mas eu queria que ele fosse mais humano...Será que ele vai me machucar?Tenho medo... Estarei sozinha, e sem ter como lutar...
 Será que ele já amou alguém alguma vez na vida? Será que ele me amará? Será que eu destruirei ele? Ele é um coração de pedra... Por ter machucado meu pai daquele jeito..."
 Um estrondo interrompe os pensamentos de Bela, ela sente que tudo de ruim está prestes a começar... Em meio ao medo, sente pequenas mãos ossudas roçar-lhe os cabelos, olha pra trás e vê no lugar dos olhos, duas jóias vermelhas, a criatura estava ensanguentada, lembrava um homem, um pequeno homem, porém com olhos fundos, garras afiadas e pequenos chifres.
 O pequeno demônio começa a atacá-la com tremenda violência, tentando atingi-la no rosto, mas a garota se protege com as mãos e sem conseguir gritar, revida os ataques da criatura com a mesma violência, os golpes continuaram fazendo com que partes dos membros superiores da garota se tornassem visíveis até os ossos.
 Lágrimas de dor escorriam por suas feições delicadas e sem explicação o demônio bizarro desaparece, a voz de Bela volta, e tudo o que se dá para ouvir neste instante são os gritos de dor da jovem.

A Bela & a Fera - O quase terrível fim do pai de Bela

Passos acelerados numa floresta densa e escura, um homem cai ao fugir daquela besta horrenda.
 As roupas da criatura estão em farrapos, os olhos densos de fúria, os lábios ensanguentados, cabelos desgrenhados (ou seriam pelos?) e seu rosto, todo deformado, mais parecendo um cão a um humano.
  Garras afiadas começam estraçalhar o peito do pobre homem que mantém a rosa firme por entre os dedos.
-Clame por piedade verme!-urra o monstro.-Vamos!Foi assim que minha rosa se sentiu!!
  O sangue escarlate começa escorrer pelo verde-escuro da grama.
-Por Favor! Só roubei sua rosa para levar para Bela, minha filha!!!
  A Fera solta um urro de tristeza e parte o carvalho ao seu lado com um só golpe, o homem percebe que a besta fica intrigada com sua história.
-E como a moça é?
-Uma jovem muito bonita, magra, olhos cor-de-mel, cabelos ondulados... A coisa que ela mais ama no mundo são rosas, as rosas mais bonitas que encontrei foram as suas... Perdoe-me senhor...-diz o homem aos prantos.
-Pouparei sua vida, mas traga-a para mim, se não o fizer, acabarei com a vida da jovem garota...
  O homem concorda e levanta-se aos tropeços na escuridão, o medo e a dor o tomando por completo, seu sangue cintilava á luz do luar. Ele ainda mantinha a rosa em suas mãos, os espinhos perfurando profundamente a carne velha do homem.
  O homem caminha lentamente devido a idade e a dor, mas mesmo nessas condições chega á uma pequena vila, onde um bom samaritano oferece-lhe carona.

O homem sobe na carruagem depois de receber alguns cuidados da esposa do bom samaritano.

Permanece em silêncio e o rapaz não lhe faz muitas perguntas.
-Bonita rosa... É para sua esposa?
-Não, para minha filha...
-Para onde está indo ?
-Para o vilarejo sul...
 Os dois permanecem em silêncio, afinal, o caminho é longo.
 3 dias se passaram e finalmente eles chegam ao vilarejo sul. O velho agradece ao rapaz por tê-lo levado em segurança até sua casa.
 Uma moça magra está a espera dele no cercado, já é tarde e ela aparenta sono.
-Pai!-exclama ela
 O pai abraça a filha, mesmo com a dor.
-Trouxe sua rosa.
 A jovem sorri e entra na casa, põe sua roupa de dormir e vai se deitar.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

nya

Bem.... Perdi meu blog antigo... Esse é o novo... haha'
Terminarei de postar minha visão sobre as coisas... Minhas histórias...