quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Bela & a Fera - O quase terrível fim do pai de Bela

Passos acelerados numa floresta densa e escura, um homem cai ao fugir daquela besta horrenda.
 As roupas da criatura estão em farrapos, os olhos densos de fúria, os lábios ensanguentados, cabelos desgrenhados (ou seriam pelos?) e seu rosto, todo deformado, mais parecendo um cão a um humano.
  Garras afiadas começam estraçalhar o peito do pobre homem que mantém a rosa firme por entre os dedos.
-Clame por piedade verme!-urra o monstro.-Vamos!Foi assim que minha rosa se sentiu!!
  O sangue escarlate começa escorrer pelo verde-escuro da grama.
-Por Favor! Só roubei sua rosa para levar para Bela, minha filha!!!
  A Fera solta um urro de tristeza e parte o carvalho ao seu lado com um só golpe, o homem percebe que a besta fica intrigada com sua história.
-E como a moça é?
-Uma jovem muito bonita, magra, olhos cor-de-mel, cabelos ondulados... A coisa que ela mais ama no mundo são rosas, as rosas mais bonitas que encontrei foram as suas... Perdoe-me senhor...-diz o homem aos prantos.
-Pouparei sua vida, mas traga-a para mim, se não o fizer, acabarei com a vida da jovem garota...
  O homem concorda e levanta-se aos tropeços na escuridão, o medo e a dor o tomando por completo, seu sangue cintilava á luz do luar. Ele ainda mantinha a rosa em suas mãos, os espinhos perfurando profundamente a carne velha do homem.
  O homem caminha lentamente devido a idade e a dor, mas mesmo nessas condições chega á uma pequena vila, onde um bom samaritano oferece-lhe carona.

O homem sobe na carruagem depois de receber alguns cuidados da esposa do bom samaritano.

Permanece em silêncio e o rapaz não lhe faz muitas perguntas.
-Bonita rosa... É para sua esposa?
-Não, para minha filha...
-Para onde está indo ?
-Para o vilarejo sul...
 Os dois permanecem em silêncio, afinal, o caminho é longo.
 3 dias se passaram e finalmente eles chegam ao vilarejo sul. O velho agradece ao rapaz por tê-lo levado em segurança até sua casa.
 Uma moça magra está a espera dele no cercado, já é tarde e ela aparenta sono.
-Pai!-exclama ela
 O pai abraça a filha, mesmo com a dor.
-Trouxe sua rosa.
 A jovem sorri e entra na casa, põe sua roupa de dormir e vai se deitar.


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