sábado, 20 de julho de 2013

Reunião de Fragmentos

Ela olha, mas nada vê.
Uma cega na multidão, sem destino, sem sorte, sem alguém que era a luz da alma dela.
Seu rosto está refletido nos olhos dela nos espelho.
Ela nunca será ela sem parte dele nela.
As manhãs e as noites passam muito rápido por ela.
Ela quer encontrar uma válvula de escape que possa fazê-la parar de desejar ele ao seu lado.
Mas então ela pensa "Querido, o mundo dá voltas, talvez um dia... Quem é que sabe? Você sabe onde eu estou." O pensamento recai sobre a tela branca dos olhos dele, onde pingaram uma gota de mel em cada um e no meio de cada gota, um buraco negro, imenso e intenso como o mar.
Ela para e sente o peso que carrega. Ele aliviava isso. Mas agora, e muitas vezes antes, era parte do peso.
Ela só pensa em deitar no chão e olhar o amor da Lua e do Sol que hoje não se separam, pelo menos não estavam tão distantes. Ela foi vê-lo durante o dia, do outro lado do horizonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário